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A Sadia e a Perdigão (que, juntas, formam a BR Foods) podem ter de vender marcas como Batavo e Doriana para ter a fusão das duas empresas aprovada pelos órgãos de defesa da concorrência. Outra alternativa será licenciar uma das duas marcas principais por cinco anos.É o que recomenda o parecer da Secretaria de Acompa­­nhamen­to Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, divulgado ontem.

O documento serve como base para o julgamento do Conselho Adminis­­­­trativo de Defesa Econô­­mi­­ca (Cade), que dará a palavra final sobre o assunto e não é obrigado a seguir a recomendação da Seae. A Secretaria de Defesa da Concorrência (SDE) também deve emitir parecer sobre o caso.

A operação entre Sadia e Perdigão foi anunciada em maio de 2009 e criou a gigante BRF – Brasil Foods, com um faturamento anual superior a R$ 22 bilhões

No relatório, a Seae afirma que a fusão das duas empresas causa muita concentração no mercado. No caso dos produtos in natura, os segmentos identificados foram: abate de frangos no Mato Grosso; abate de perus no Paraná; e oferta de carne in natura. No caso dos produtos processados, a lista é maior: pratos prontos (lasanhas); pizzas congeladas; hambúrgueres; empanados de frango; quibes e almôndegas; presunto e apresuntado; salame; produtos diferenciados; curados (linguiça defumada, paio e bacon); kit festa suínos; kit festa aves e margarinas.

No caso do licenciamento de uma das marcas, a medida seria acompanhada da venda de ativos, como unidades produtivas e unidades de abate.

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