A empresa BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) a pagar uma indenização de R$ 1 milhão por causa de condições degradantes de trabalho em uma fazenda no interior do estado. Após uma investigação do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) em Umuarama, foram constatadas em 2012 condições precárias e trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão. Todas as irregularidades foram encontradas em atividades de reflorestamento em uma fazenda em Iporã, no interior do estado.
Os problemas iam desde jornada excessiva e condições precárias dos alojamentos, até a contaminação da água fornecida aos trabalhadores para consumo. A BRF alegou que as atividades de reflorestamento eram feitas por empresa terceirizada, mas a Justiça do Trabalho entendeu que a empresa deveria ser condenada, já que também é responsável pela garantia de um ambiente de trabalho saudável.
O valor da indenização será destinado à compra de veículos e equipamentos ao Ministério do Trabalho e Emprego, a serem utilizados em fiscalizações no meio rural.
Outro lado
Em nota, a BRF negou ter tomado conhecimento das práticas irregulares apontadas na decisão durante o período da prestação de serviços pela empresa contratada (SLS Reflorestadora). De acordo com a BRF, as acusações foram contra a prestadora de serviços e nunca contra a companhia. A BRF afirmou ainda que a prestadora de serviços firmou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Trabalho obrigando-se a não incorrer em tais práticas.
A empresa afirmou ainda que já recorreu da decisão e aguarda julgamento do recurso, confiando no Poder Judiciário.
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