A presidente Dilma Rousseff chegou ontem à Índia, onde participa da 4.ª reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que começa amanhã. A embaixadora Edileusa Fontenele Reis disse que o comunicado conjunto a ser assinado pelos cinco países deverá se concentrar principalmente em questões econômicas, principalmente tendo em vista a crise financeira mundial, além da implementação das reformas das instituições financeiras internacionais como FMI e Banco Mundial.
Ao lembrar a importância dos Brics, Edileusa citou que os cinco países emergentes em 2012 serão responsáveis por 56% do crescimento mundial. O G-7, grupo que reúne os sete países mais ricos do mundo, será responsável por apenas 9,5% do crescimento global, parcela menor que a da América Latina. "A redução do crescimento da economia global é um assunto que preocupa a todos. Preocupa aos Brics, aos outros países em desenvolvimento e aos próprios países desenvolvidos", acentuou.
Outra proposta a ser discutida na reunião é a criação de um banco de desenvolvimento comum aos cinco países emergentes. "Deve ser anunciada não ainda a criação do banco, mas a constituição de um grupo de trabalho para estudar as modalidades de constituição do banco", afirmou ela, lembrando que o banco é muito importante porque cria uma "fonte alternativa de financiamento, sobretudo para países em desenvolvimento".
O documento também terá uma parte política, mas a revolta popular na Síria (aliada de Rússia e China) e a crise entre China e Tibete não deverão ser mencionadas. "A condenação à violência será um denominador comum de todos os países que querem um fim da violência e a busca de uma solução diplomática e pacífica", limitou-se a dizer Edileusa.
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