A paranaense Britânia Eletrodomésticos conta com a ajuda da marca Philco, que licenciou para uso entre 2008 e 2017 por valor não revelado, para reverter a baixa rentabilidade das vendas causada pelo crescimento da concorrência no setor. Apesar de esperar faturamento superior a 2006 este ano, a perda de rentabilidade se intensificou. "Nenhuma linha vai bem no momento", diz a gerente de marketing da Britânia, Daniela Khouri.
Detentora da marca até o fim do ano, a Gradiente acaba de alienar a marca Philco a um fundo de private equity chinês (modalidade que compra participação acionária em empresas de capital fechado) por R$ 22 milhões. A Britânia, que já havia tentando comprar marca e fábricas em 2005, propôs ao fundo alugar o uso da marca.
A Philco tem força de marca na comercialização de equipamentos de áudio e vídeo. Destes, a Britânia já atua com o som, e pode partir agora para o vídeo, área em que já cogitava entrar. "Fica mais fácil com a licença da marca Philco, que tem forte identidade com vídeo diante do consumidor", explica Daniela.
Quando a Gradiente adquiriu a marca e fábricas do grupo Itaú, em 2005, por R$ 60 milhões, uma das concorrentes havia sido a Britânia.
Em nota, a Gradiente informou que "analisará com a Britânia as oportunidades de sinergia que possam existir entre atividades das empresas na concepção, produção, comercialização e serviços de pós-venda dos produtos Philco, atuais e futuros".
Os demais ativos Philco (fábricas e equipamentos) permanecem com a Gradiente. A empresa informou aos consumidores que prestará serviços de pós-venda para produtos da marca até o fim do ano.
Fundada em 1956, a Britânia Eletrodomésticos começou fabricando fogões, fogareiros e móveis metálicos, para em seguida entrar no mercado de eletro-portáteis.
A unidade de São José dos Pinhais, desativada há alguns meses, deu lugar à produção na Bahia, onde o grupo tem unidade desde 2003, na cidade de Camaçari. As linhas envolvem cerca de 160 produtos, desde casa e cozinha a beleza, som, ventilação e climatização.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast