O boom do mercado imobiliário em Curitiba está trazendo para a cidade a gigante de incorporação Brookfield, que monta uma unidade aqui para atender a região Sul do país.
Com forte atuação no Centro-Oeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro, a empresa é a última das grandes incorporadoras depois de PDG Realty, Cyrela, Rossi, Gafisa, MRV e Tecnisa a desembarcar na capital.
Segundo Luiz Angelo Zanforlin, executivo que vai tocar as operações, a empresa deve colocar no mercado até o fim do ano três lançamentos, nos bairros Portão, Água Verde e São Lourenço, com Valor Geral de Vendas (VGV) entre R$ 180 milhões e R$ 190 milhões. Para o próximo ano estão previstos outros R$ 300 milhões para Curitiba e R$ 200 milhões para Porto Alegre. "Curitiba é uma capital com grande potencial de crescimento. Além de elevado nível cultural e de renda, a cidade ainda conta com boa oferta de terrenos, o que a torna bastante atrativa", afirma.
Juntas, de acordo com Zanforlin, as três capitais do Sul representam metade do mercado de São Paulo. Além da unidade em Curitiba, o executivo vai tocar também a filial do interior de São Paulo, localizada em Campinas. A expectativa é que, em três anos, as duas operações representem entre 15% e 20% dos negócios da Brookfield Incorporações.
Segundo o executivo, uma característica de Curitiba é a pouca diferença de infraestrutura nos bairros e os preços dos imóveis, o que aumenta as oportunidades de incorporação. Fruto da fusão da Brascan Residential Properties, da Company e MB Engenharia, a Brookfield prevê vendas de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões em 2010 contra os R$ 2,3 bilhões registrados em 2009. A empresa tem 50% do seu mercado voltado para a classe média, com imóveis de até R$ 500 mil.
Graças ao crédito farto e ao crescimento da economia, construtoras e incorporadoras devem bater recorde de lançamentos na capital em 2010. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) no Paraná, a previsão é que os alvarás liberados para construção de residências em Curitiba somem 3,2 milhões de metros quadrados em 2010, 19% mais do que no ano passado. Juntos, eles vão representar um recorde de R$ 8,3 bilhões em valor de mercado, 41% mais do que em 2009.