O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, fez nesta terça-feira (28) um apelo aos países com amplas reservas internacionais - como os exportadores de petróleo e a China - para que contribuam com uma linha de financiamento de emergência do Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem como objetivo impedir o agravamento da crise financeira mundial.
Brown argumentou que o fundo de emergência de US$ 250 bilhões do FMI "pode não ser suficiente" para deter a disseminação da crise econômica. "Precisamos agir agora", afirmou, acrescentando que a maior parte das contribuições pode vir "de países que possuem os maiores superávits (na balança comercial)". Ele citou a China como exemplo e disse que discutirá o assunto com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, ainda esta semana. Brown acrescentou que o Reino Unido estuda contribuir com um pacote de auxílio para a Hungria, que deve ser anunciado nos próximos dias.
O primeiro-ministro britânico disse ter conversado com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e com a chanceler alemã, Angela Merkel, e que ambos tinham idéias semelhantes sobre o FMI. O primeiro-ministro britânico viajará a Paris para discutir a crise com o presidente francês e se encontrará com Angela Merkel, na quinta-feira (dia 30).
Recentemente, os países do Leste Europeu e outros mercados emergentes tiveram de enfrentar a fuga de capital estrangeiro, o que provocou uma grande pressão sobre as moedas locais e forçou o aumento das taxas de juros, além de elevar o risco de perdas para investidores e instituições financeiras expostas a estas economias.