A Comissão Europeia elogiou neste domingo (13) as medidas tomadas por Madri para reforçar seu setor bancário, que incluem a disponibilização de 30 bilhões de euros em ajuda aos bancos, considerados excessivamente expostos ao setor imobiliário.
"Essa reforma rápida e profunda dos bancos foi uma passo crucial da resposta da Espanha à crise", disse o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, em um comunicado.
Segundo Rehn, esta reforma bancária é um suplemento indispensável para a consolidação orçamentária e para as reformas estruturais que podem gerar um crescimento duradouro e mais empregos para Espanha. "A medida é uma forma de devolver aos bancos a confiança dos investidores", disse.
A reforma bancária prevê uma alta das provisões exigidas ao setor para fazer frente a eventuais perdas de seus ativos imobiliários, o que representará um esforço extra além dos 53,8 bilhões já impostos por uma reforma anterior.
As autoridades espanholas disseram que as entidades farão as provisões, mas o fundo público de ajuda ao setor poderá emprestar-lhes dinheiro caso seja preciso.
Este anúncio, no entanto, foi mal recebido pela Bolsa de Madri, que fechou a sexta-feira em queda.
A reforma foi anunciada dois dias depois de uma nova intervenção pública de um banco, a oitava desde o estouro da bolha em 2008, desta vez para salvar o Bankia, quarto maior banco do país, que conta com 31,8 bilhões de euros em ativos imobiliários de risco.
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