O BTG Pactual vendeu fatia de R$ 2,38 bilhões em ações da Rede D’Or São Luiz ao fundo soberano de Cingapura GIC, que já tinha participação no negócio de hospitais, informou nesta quarta-feira (2) o banco de investimento.
Uma fonte com conhecimento direto do assunto disse que o BTG venderia sua fatia de 12% na maior rede de hospitais do país ao GIC. As ações representam investimento proprietário do BTG e de terceiros, segundo comunicado do banco.
A venda ao GIC, que já possuía 16% na rede de hospitais, ocorre após a prisão do ex-presidente da instituição financeira, André Esteves, em 25 de novembro, em desdobramento da operação Lava Jato.
A venda da participação do BTG na rede de hospitais era negociada desde agosto, mas a prisão de Esteves acelerou as negociações, disseram anteriormente duas fontes com conhecimento do assunto.
O acordo pode ajudar o BTG Pactual a repor parte do dinheiro que deixou a instituição desde a detenção Esteves na quarta-feira passada. O GIC havia pago R$ 3,3 bilhões de reais pelos 16% da Rede D’Or, em maio.
Em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de terça-feira, o BTG também disse que corriqueiramente adquire e cede carteiras de crédito, reafirmando que poderá realizar novas transações conforme surjam oportunidades atrativas.
Além disso, disse que a afirmação de notícia do jornal Valor Econômico de que “terá de vender ativos e encolher para sobreviver” é “nitidamente exagerada e sem qualquer fundamento em informações divulgadas pelo BTG Pactual, sendo que o BTG Pactual reitera que segue conduzindo normalmente suas operações e cumprindo com suas obrigações”.
Duas fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters na segunda-feira que o BTG negocia a cessão de cerca de 4 bilhões de reais em operações de crédito aos rivais Itaú Unibanco e Bradesco.
Em comunicado separado, também divulgado na noite de terça-feira, o BTG disse ainda que não há, até o momento, qualquer definição sobre a compra da participação societária de André Esteves no BTG Pactual.
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