Impávido ante as previsões sobre a morte iminente dos jornais impressos, o multimilionário americano Warren Buffett está investindo seu dinheiro nessa indústria, tida como fadada ao fracasso por muitos.

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No ano passado, Buffett, o terceiro homem mais rico do planeta, depositou cerca de 300 milhões de dólares nessa indústria, que muitos consideram condenada.

A holding de Buffett, Berkshire Hathaway, comprou no final do ano passado o jornal da cidade de onde o magnata é oriundo, o Omaha World-Herald (Nebraska, centro), em uma operação de 200 milhões de dólares, que muitos classificaram como um impulso sentimental.

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No mês passado, o investidor comprou por 142 milhões de dólares o Media General, uma rede de 63 jornais.

O milionário gastou outros 2 milhões de dólares na Lee Enterprises, proprietária do St. Louis Post Dispatch e do Arizona Daily Sun. Isso além de outras holdings, incluindo The Buffalo News e uma parte do The Washington Post Co.

"Creio que os diários que cobrem de maneira intensiva suas comunidades terão um bom futuro", disse Buffett em uma mensagem no mês passado a seus empregados nos jornais.

Buffett afirmou ainda que o Berkshire "provavelmente comprará mais jornais nos próximos anos" e que favorecerá aos "povos e cidadãos com um forte sentido de comunidade".

Os investimentos acontecem em meio a pessimistas previsões sobre o futuro da indústria do jornalismo impresso, golpeada por fortes quedas de circulação e na publicidade, com o advento do jornalismo online.

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Uma análise do início do mês feita pela agência de classificação de risco, Moody's, classificou a indústria dos jornais impressos nos EUA com perspectiva "negativa".

"Apesar de os jornais tentarem se capitalizar através de iniciativas digitais, é pouco provável que os ganhos sejam suficientes para compensar as perdas", disse John Puchalla, analista da Moody's.