O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, visitou na terça-feira duas fábricas de automóveis em dificuldades e aproveitou para promover o uso de carros que utilizem pouca ou nenhuma gasolina, por razões econômicas e ambientais.
Bush foi às fábricas da General Motors e da Ford em Kansas City, querendo também uma reaproximação com empresas que atravessam crises, mas que já foram o esteio da economia norte-americana.
Ele pediu ao Congresso que tome medidas imediatas para incentivar o uso de alternativas à gasolina, como eletricidade e álcool, ou de veículos híbridos. O plano também exigiria novas regras ambientais, às quais o setor automobilístico resiste.
"Seria um bom sinal de que reconhecemos que temos um problema aqui na América e que pretendemos resolvê-lo juntos", disse Bush na montadora da Ford em Claycomo, Missouri.
A GM, a Ford e o grupo Chrysler perderam juntos 16 bilhões de dólares no ano passado, mas adotaram parcialmente o plano energético da Casa Branca na esperança de que isso eleve a venda de carros novos.
As fábricas também querem melhorar sua imagem junto aos consumidores, cada vez mais interessados nos modelos econômicos da Toyota e da Honda, ambas japonesas.
Críticos dizem que o setor automobilístico dos EUA agiu de forma míope na década de 1990, quando a gasolina era barata, ao buscar o lucro fácil com veículos grandes e "beberrões", como picapes e utilitários esportivos. Quando o preço da gasolina subiu e o consumidor passou a procurar carros mais econômicos, as indústrias dos EUA estavam desprevenidas, segundo eles.
Agora, as fábricas fazem mudanças na linha de montagem e prometem novos produtos, adequando-se aos novos tempos - a gasolina subiu durante sete semanas seguidas e está agora 2,8 por cento mais cara que há um ano, disse o governo na segunda-feira.
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