| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

A lista das grandes redes de varejo que têm fechado lojas em 2016 vai ganhar a adesão da C&A. Após o surgimento de rumores de mercado, a companhia de moda confirmou à reportagem que pretende fechar 12 pontos de venda no Brasil em 2016.

CARREGANDO :)

Outras grandes redes de varejo têm encerrado operações de lojas cujos resultados de vendas são considerados insatisfatórios. Ainda no segmento de moda, a Marisa fechou ao todo 15 unidades em 2015. O Pontofrio, uma das bandeiras de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar (GPA), fechou 45 pontos em 2015 e o Walmart anunciou o encerramento das operações de 60 lojas no Brasil no início deste ano.

A C&A justificou em comunicado que o movimento de análise de performance de lojas faz parte da rotina do negócio e que abrir ou fechar lojas é algo inerente ao mercado. “Nos últimos 12 meses, a empresa abriu 18 novas unidades e a previsão é que, ao longo de 2016, descontinue a operação de 12, mantendo a sua capilaridade no Brasil”, diz a companhia, que tem no país mais de 280 pontos de venda.

Publicidade

Em relatório publicado nesta sexta-feira (4), analistas do BTG Pactual trataram do enxugamento de operações no varejo e mencionaram informações de mercado de que a C&A fecharia ainda mais unidades, o que a companhia negou.

O cenário de recessão fez quase 100 mil lojistas encerrarem as atividades no país em 2015, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Já os analistas Fabio Monteiro e Thiago Andrade, do BTG, calculam que, depois de um ciclo de expansão que mais que dobrou o total de lojas do comércio brasileiro entre 2004 e 2014, o varejo registrou seu primeiro ano de redução na base, perdendo 13,4% do total de lojas em 2015.

No varejo de moda, há ainda o fechamento de operações de redes estrangeiras que tinham chegado no país há pouco tempo. A britânica Topshop, por exemplo, chegou ao Brasil em 2012 e vem fechando lojas. A grife Kate Spade também fechou sua loja no País ano passado.

O BTG calculou ainda que, do lado dos investimentos em inaugurações, o ritmo de abertura de lojas novas das grandes redes varejistas tende a continuar fraco neste ano. Para os analistas, as exceções são companhias que têm apresentado desempenho acima da média do setor, como a Lojas Renner, a RaiaDrogasil e a Lojas Americanas. Do lado dos que estão reduzindo as inaugurações estão empresas como Marisa, Cia. Hering, Via Varejo e Magazine Luiza, destacam os analistas.

Publicidade