O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) atendeu ao pedido da BRF Brasil Foods e não deverá julgará hoje a fusão entre Sadia e Perdigão, que deu origem à empresa em maio de 2009. Depois de se reunir durante toda a tarde de segunda-feira com os outros integrantes do Cade que participam do julgamento, o conselheiro Ricardo Ruiz decidiu dar mais prazo para tentar que o órgão de defesa da concorrência e a empresa cheguem a um acordo, o que evitaria a dissolução do negócio.
A empresa apresentou aos conselheiros uma proposta de acordo que prevê a venda de ativos importantes. Na quarta-feira passada, o relator do processo, Carlos Ragazzo, apresentou um duro voto contra a fusão, dizendo que a aprovação do negócio levaria a aumento nos preços dos produtos das duas empresas de até 40%. Na mesma sessão, Ruiz adiantou que concordava com o relator, mas pediu vista do processo, prometendo apresenta-lo para julgamento hoje.
Na segunda-feira, porém, o presidente da BRF, José Antônio Fay, reuniu-se com conselheiros do Cade e pediu que o processo não fosse a julgamento ainda, para que as duas partes pudessem negociar. Na reunião, a empresa ouviu dos conselheiros que apenas uma proposta que previsse a venda de ativos significativos seria avaliada pelo Cade. A BRF já havia apresentado uma proposta de acordo em que oferecia a venda de marcas menores, como Claybom, Wilson e Rezende.
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