A operação envolve a formação de uma gigante do setor de logística no Brasil avaliada em cerca de R$ 11 bilhões.| Foto: Divulgação

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (11) a fusão das transportadoras ALL e Rumo Logística, controlada pela Cosan Logística,porém,com restrições.

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Os conselheiros do órgão de defesa da concorrência acompanharam o voto do relator Gilvandro de Araujo, que recomendou restrições que incluem garantias de isonomia na prestação de serviços a concorrentes.

A operação envolve a formação de uma gigante do setor de logística no Brasil avaliada em cerca de R$ 11 bilhões e prevê o encerramento de disputas judiciais entre ambas as companhias em torno de contratos de transporte de commodities.

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Entre as condições citadas pelo relator estão garantias de terminais de açúcar para concorrentes e impedimentos a executivos da Cosan de assumirem cargos de direção na nova empresa.

As ações da ALL e da Cosan Logística, que já vinham sinalizando desde a semana passada a expectativa dos investidores sobre a aprovação da operação anunciada no início do ano passado, voltaram a mostrar alta expressiva nesta quarta-feira.

Os papéis da ALL chegaram a atingir um pico de valorização de cerca de 11% e as ações da Cosan Logística tiveram máxima de 13%.

Analistas do Bank of America Merrill Lynch afirmaram que a aprovação é positiva para as companhias e as medidas restritivas ficaram em linha com as expectativas.

Concorrentes

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O Cade também determinou que a nova empresa tenha contratos separados de prestação de serviços para impedir fechamento de mercados concorrentes.

Além disso, a nova companhia terá que garantir acesso de concorrentes a terminais da Rumo Logística no porto de Santos e criar um supervisor para garantir isonomia da empresa na prestação de serviços.

A fusão foi fortemente questionada por representantes de vários setores do agronegócio brasileiro.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa o setor de soja, o principal exportador de commodities agrícolas do país, afirmou que a união representava "concentração de poder" de mercado da empresa resultante.

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