O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, disse nesta quarta-feira (21) que os casos que têm chegado ao órgão antitruste na área de varejo para avaliação de aquisições e fusões terão de ser julgados não só no âmbito nacional, mas em relação as atividades locais específicas desses setores.
"O objetivo é evitar concentrações contra a lei", disse a jornalistas após a primeira parte da sessão do Cade desta quarta.
Badin disse que o movimento dessas grandes redes varejistas como Ponto Frio e Pão de Açúcar, Casas Bahia e Pão de Açúcar, Ricardo Eletro e Insinuante e Magazine Luiza e Lojas Maia, é consequência do aumento do poder aquisitivo do consumidor em várias regiões do país.
De acordo com ele, cada operação terá de ser analisada separadamente e de forma bem próxima à área de atuação, dada a abrangência do negócio nos mais diferentes tamanhos de cidades.
Assim, em vez de observar o negócio apenas no âmbito nacional, será preciso analisar cada impacto da operação nos municípios e localidades. No caso de grandes cidades, como São Paulo, o presidente do Cade salientou que a exigência de acompanhamento poderá chegar à esfera de bairros.
"Afinal, ninguém cruza a cidade para comprar um ferro de passar roupa", justificou.