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Negociação

Cade e BRF avançam em diálogo; votação é esperada na quarta-feira

As negociações entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Brasil Foods (BRF) caminharam na última semana, mas ainda restam alguns itens para serem definidos antes de um acordo, disseram fontes próximas da negociação nesta segunda-feira.

A proposta que está na mesa envolve a alienação de marcas e até de ativos, disse uma das fontes, que não deu detalhes sobre o que está sendo fechado nas conversas entre Cade e BRF.

Jornais publicaram no final de semana que a BRF, que resultou da compra da Sadia pela Perdigão, negocia um acordo que prevê a suspensão temporária da marca Perdigão nos segmentos em que existe maior concentração de mercado.

"Acordo só está fechado quando é aprovado. Mas as conversas têm avançado", disse à Reuters uma das fontes que participa da negociação com o Cade.

Procurados, representantes da BRF não estavam imediatamente disponíveis para comentar o caso.

Executivos da BRF tiveram três reuniões no Cade na semana passada, segundo uma outra fonte, e outros encontros são esperados para esta semana antes do julgamento marcado para quarta-feira.

"As negociações estão caminhando. Já tem consenso em diversos itens. Em outros, busca-se um meio termo", disse a segunda fonte, que está próxima da situação, indicando que ainda não havia um acerto relacionado às principais marcas.

"Mas as conversas estão caminhando bem, não teve nenhum tipo de passo atrás", acrescentou.

Às 13h11, as ações da BRF subiam 0,40 por cento, enquanto o Ibovespa caía 1,9 por cento.

SEM ADIAMENTO

Uma participante das negociações acredita que não haverá mais adiamento no julgamento da operação Perdigão-Sadia.

Na quinta-feira da semana passada, o conselheiro Ricardo Ruiz, que pediu vista do processo em junho e adiou o julgamento, disse não ter recebido qualquer novo pedido de adiamento do julgamento da fusão Sadia-Perdigão.

Ruiz foi o conselheiro que pediu vista após o relator do caso, Carlos Ragazzo, votar pela reprovação da operação.

Mas na quarta-feira, acredita-se segundo as fontes, que o caso poderá finalmente ser votado, inclusive pelos outros conselheiros que ainda não se manifestaram.

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