O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região foi aceito como terceira parte interessada no processo que tramita no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e que avalia a compra do HSBC pelo Bradesco. Com a decisão publicada nesta segunda-feira (7), o sindicato poderá se manifestar durante o processo para incluir informações e dados que contribuam para a decisão do órgão regulador em aprovar ou não a aquisição.
O sindicato é contra a compra do HSBC pelo Bradesco. O advogado que defende a categoria em Curitiba, Ivens Henrique Hübert, afirma que o objetivo de participar do processo é barrar a fusão, “tendo em vista que ela é prejudicial para o trabalhador e para a eficiência global”.
Caso a argumentação principal não seja aceita, o sindicato exige a preservação dos empregos até o limite cabível. O HBSC possui cerca de 25 mil empregados diretos e indireto no Brasil, sendo 7,1 mil somente em Curitiba e região, onde o banco britânico mantém suas sedes administrativas.
Até esta quarta-feira (9), o sindicato apresentará ao Cade os documentos que reforçam sua argumentação. A instituição que representa os trabalhadores poderá se manifestar também se observar atos que antecipem a fusão como, por exemplo, a unificação de agências. “O sindicato vai atuar como um fiscalizador do processo”, afirma Hübert.
O Cade continua avaliando o processo de compra do HSBC pelo Bradesco. A decisão deve sair até o fim do primeiro semestre de 2016.
Negócio
Em agosto deste ano, o HSBC fez o anúncio da venda de sua subsidiária brasileira ao Bradesco, pelo valor de US$ 5,2 bilhões (ou R$ 17,6 bilhões). A compra do HSBC foi a maior das 48 aquisições já feitas pelo Bradesco. O HSBC tem 5 milhões de clientes, sendo 1 milhão de alta renda, enquanto 76% das 851 agências do banco estão no Sul e Sudeste.
Com a aquisição, o Bradesco passa de 8,1 mil pontos de atendimento (agências e postos) para 9,4 mil, e encosta no Banco do Brasil no total de agências bancárias em funcionamento no país – 23,8%, contra 23,9% do BB.
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