Captação de abril foi de R$ 1,9 bilhão
A caderneta de poupança fechou abril com captação líquida de R$ 1,978 bilhão, com forte concentração nos últimos dois dias úteis do mês. De acordo com o Banco Central, nos dias 27 e 30, houve entrada líquida de R$ 1,836 bilhão.
A sensação é de procurar uma agulha no palheiro. Levantamento no site Como Investir, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostra que apenas 12 de 592 fundos de renda fixa e DI têm taxa de administração de até 1,5% ao ano para aplicações iniciais de até R$ 10 mil. Isso representa apenas 2,06% do total. Ou seja, a nova poupança ainda bate 98% dos fundos.
São esses os fundos que, com a nova remuneração da poupança, vão render mais que a caderneta, se a Selic recuar para 8,5% ao ano. Segundo o site www.comdinheiro.com.br, os fundos com taxa de administração de até 1,34% ao ano serão mais vantajosos que a caderneta, para uma aplicação pelo período de um ano. "Os fundos realmente jogam as taxas de administração lá em cima quando se trata de pequenos investidores. É difícil encontrar alternativas de até 1,5% no mercado para valores menores", afirma a professora da Fundação Getulio Vargas Myrian Lund.
Caixa
Dos 12 fundos encontrados, seis são da Caixa, que acaba de reduzir as taxas de seus fundos. A iniciativa ocorreu depois da redução das taxas de juros de crédito nos bancos oficiais, política defendida pela presidente Dilma Rousseff. São quatro alternativas de renda fixa: em duas delas, a aplicação inicial é de R$ 50, com taxa de 1,5%; em outra, a taxa é de 1,4% para investimentos a partir de R$ 100. Quem tem R$ 10 mil consegue taxa menor, de 1%. Nos fundos DI, a taxa é de 1,50% (com investimento inicial de R$ 50) ou de 1% (para aplicações iniciais de R$ 2,5 mil).
No Banco do Brasil, a taxa de 1,5% só vale para quem tem pelo menos R$ 30 mil. Mas o banco deve anunciar na próxima semana mudanças em suas taxas.
Dos seis fundos restantes, três são fundos de renda fixa do Citibank, com taxas de administração de 0,8%, 1,5% e 1,5%, para aplicações mínimas de R$ 5 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil. As outras três opções são Plural Capital Yield FI REF DI, com taxa de 0,3% para investimentos a partir de R$ 3 mil, BNY Mellon ARX Referenciado DI LP, com taxa de 0,5% e sem aplicação mínima, e o Órama Cash DI, com taxa de 0,3% e aplicação a partir de R$ 5 mil.
"Com os juros baixos, as pessoas devem fazer um esforço maior para entender os produtos financeiros e escolher a melhor alternativa", diz o professor da HSM Educação Ricardo Humberto Rocha. Os especialistas lembram que a rentabilidade dos fundos é diária, enquanto na poupança o rendimento ocorre apenas uma vez ao mês, na data de aniversário.
Com os bancos privados pressionados pelo governo para cortar juros e reduzir taxas de administração, a Anbima, que representa a indústria de fundos, divulgou ontem nota dizendo que, com as novas taxas de juros, "é natural que os produtos, serviços e práticas do mercado doméstico também mudem para se adaptar ao novo cenário macroeconômico". "Nossa indústria está preparada e bem posicionada para atender às demandas dos investidores brasileiros frente aos novos patamares de taxas de juros", diz a nota.
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