Pedro Guimarães, novo presidente da Caixa, na solenidade de posse no início de janeiro.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A “guerra das maquininhas” ganha mais um capítulo nesta quinta-feira (31). Isso porque, de acordo com a coluna do Broadcast do jornal O Estado de S. Paulo, a Caixa Econômica Federal fará um leilão para definir um parceiro de forma a garantir uma participação no setor.

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O banco pretende constituir uma joint venture para não ter que iniciar uma operação do zero – que sairia mais caro e envolve mais dificuldades. A ideia é fazer uma parceria com alguma adquirente: quem fizer a melhor proposta leva o negócio.

Após Pedro Guimarães informar as intenções do banco, algumas empresas já mostraram interesse. A Cielo, maior empresa do setor e, que é controlada pelo Bradesco e Banco do Brasil, já tem um acordo para oferecer suas maquininhas ao banco, segundo o jornal. Além dela, SafraPay, do banco Safra e GetNet, do Santander também poderiam estar interessadas.

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O InfoMoney entrou em contato com a Caixa e GetNet, que afirmam que não vão comentar sobre o assunto. A SafraPay e a Cielo, também foram contatadas, mas ainda não se posicionaram sobre o assunto. 

A Caixa quer fechar a parceria o mais rápido possível para começar a participar do setor que é bastante lucrativo para os grandes bancos, principalmente via a antecipação dos recebíveis dos lojistas - além dessa opção, de maneira geral, as adquirentes geram receita através de venda e aluguel de máquinas e o chamado MDR (taxa de desconto que é dividida entre adquirente, banco emissor e bandeira, podendo existir até uma sub credenciadora no processo).

Vale lembrar que a Caixa hoje já distribui maquininhas da Rede e da Cielo em seu canal de agências e uma eventual parceria estreitaria o relacionamento com a adquirente que vencer o leilão, segundo analisa André Martins, analista da XP Research.

Além disso, a caixa já foi acionista da Cielo e atualmente tem uma fatia da Elo também, ou seja, o relacionamento já existe há algum tempo.

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Essa nova demanda da Caixa por um parceiro, coloca as empresas do setor em estado de atenção para uma nova oportunidade, considerando que o setor é bem concorrido e cada vez mais as adquirentes buscam capturar uma fatia a mais do mercado para si.

Martins afirma que, s e tratando de um player do tamanho da Caixa, naturalmente o movimento tem impacto na dinâmica do setor. Mas a principal questão é a divisão de receitas e o escopo operacional e financeiro do acordo - embora, ainda não seja possível quantificar em detalhes.

“A tendência é de que a adquirente vencedora ganhe escala e aumente suas receitas, entretanto os termos do acordo são fundamentais para entender como a parceria pode beneficiar os envolvidos”, afirma.