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A Caixa Econômica Federal estuda aumentar as taxas de juros para os financiamentos da casa própria. Apesar de a instituição garantir que ainda não há definição sobre o assunto, correspondentes imobiliários receberam da Caixa a informação de que os juros para a habitação ficarão mais salgados a partir de 1.º de fevereiro. No momento, os técnicos do banco estariam testando os possíveis impactos do ajuste nos juros desses empréstimos.

Aumentar os juros de empréstimos subsidiados vai ao encontro do pensamento da nova equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele defende um freio nos créditos com benefícios do governo, por acreditar que isso ajudará o Banco Central (BC) a controlar a inflação.

Com o crescimento do chamado crédito direcionado (voltado para o investimento e com taxas de juros menores), a política de elevar os juros para frear o consumo ficou enfraquecida. Isso porque vários desses empréstimos, inclusive o habitacional, ficam fora desse aperto. Ou seja, estão imunes à atuação do BC.

O crédito habitacional ficou mais barato a partir de 2012, quando a presidente Dilma Rousseff usou os bancos públicos para liderarem a redução dos juros ao consumidor, historicamente altos. Hoje, por exemplo, um cliente da Caixa paga 8,75% ao ano, mais TR (Taxa Referencial, que corrige a caderneta de poupança), no financiamento de um imóvel de R$ 500 mil. Já a taxa taxa básica de juros (Selic) está em 11,75% ao ano.

Uma mudança nas taxas de crédito imobiliário da Caixa mexeria com todo o setor, já que a instituição detém 75,6% do mercado. Segundo dados do BC, o Brasil tem R$ 424,1 bilhões em contratos de crédito imobiliário ativos. É o crédito que mais cresce no país: nos últimos 12 meses, saltou 27%.

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