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Imóveis

Caixa eleva juro para financiar casa com recursos da poupança

 | Antônio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo

A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou ontem que vai elevar as taxas de juros dos financiamentos imobiliários a partir de segunda-feira. Líder de mercado, com quase 70% de participação, a Caixa deve influenciar o comportamento dos demais bancos.

INFOGRÁFICO: Veja como ficaram as novas taxas de financiamento de imóveis residenciais com recursos da poupança

A alta dos juros, congelados há um ano, vai ao encontro do desejo da nova equipe econômica de reduzir os subsídios do Tesouro Nacional ao crédito. Uma fonte do banco disse que não houve nenhuma orientação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nem de nenhum de seus auxiliares para a elevação das taxas.

Nas operações do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), os juros cobrados para quem não é cliente da Caixa, a chamada taxa balcão, permanecerão em 9,15% ao ano. Nessa linha, o banco financia imóveis de até R$ 750 mil no Distrito Federal, São Paulo, Rio e Minas Gerais ou R$ 650 mil nos demais estados, como o Paraná, com recursos da poupança ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mas para quem têm relacionamento com a CEF, incluindo servidores públicos, haverá aumento na taxa. O maior, de meio ponto porcentual, foi para os servidores públicos que, além de serem clientes, recebem o salário pelo banco – essa taxa subiu de 8% para 8,5%.

Pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que apoia a compra de imóveis com valor acima de R$ 750 mil nos mesmos estados e no DF, a taxa de juros anual passará de 9,2% para 11% para os não clientes da Caixa. Trata-se do maior aumento nessa modalidade, de 1,8 ponto porcentual. Foram reajustadas também as taxas que são cobradas dos clientes da Caixa, incluindo servidores públicos que recebem pelo banco – neste último caso, passou de 8,80% para 10,20%.

Concorrentes

Uma fonte da Caixa informou que a instituição avalia que não perderá participação no mercado por causa do "alinhamento" das taxas de juros porque os demais bancos também devem fazer o mesmo movimento.

Questionados, os maiores bancos do país não descartaram aumento dos juros. O BB informou, em nota, que "monitora constantemente os movimentos do mercado e procura sempre oferecer as melhores condições possíveis aos seus clientes". O banco disse que, até o momento, não há definição sobre alterações nas taxas. O Itaú Unibanco afirmou que a política de taxas do crédito imobiliário é "personalizada de acordo com o perfil e relacionamento dos clientes". O Bradesco e o Santander informaram, via assessoria, que não alteraram as taxas.

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