Habitação
Banco diz que nada muda nas operações do Minha Casa Minha Vida
A Caixa afirmou que as taxas dos juros de financiamentos habitacionais contratados com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e do FGTS não serão reajustadas. No programa de habitação popular, as taxas vão de 4,594% a 7,40% ao ano mais TR. No FGTS, variam de 4,594% a 8,47%. No entanto, para financiar a casa pelo programa ou com o FGTS, é preciso estar enquadrado em uma série de exigências, como, por exemplo, ter renda de até R$ 5,4 mil mensais, no caso do FGTS, e R$ 5 mil mensais no MCMV. A Caixa lidera o segmento de financiamento habitacional, com participação de mercado de 67,6%, segundo o último balanço divulgado. O saldo dos financiamentos imobiliários chegou a R$ 320,6 bilhões crescimento de 26,1% em um ano. De janeiro a setembro, as novas operações somaram R$ 94,2 bilhões.
O banco também apertou as exigências para aprovar o financiamento habitacional. Será colocado um limite de até R$ 2 mil por pessoa na renda informal, ou seja, sem origem comprovada da fonte pagadora. A exigência pode reduzir o valor da renda total e, consequentemente, o teto do financiamento.
Hora de negociar
Este é o momento perfeito para o consumidor negociar melhores taxas de juros para comprar o seu imóvel, diz o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. Apesar do aumento promovido pela Caixa, Martins acredita que a desaceleração da economia favorece quem estiver disposto a comprar imóveis porque abre espaço para oportunidades de negociação.
A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou ontem que vai elevar as taxas de juros dos financiamentos imobiliários a partir de segunda-feira. Líder de mercado, com quase 70% de participação, a Caixa deve influenciar o comportamento dos demais bancos.
A alta dos juros, congelados há um ano, vai ao encontro do desejo da nova equipe econômica de reduzir os subsídios do Tesouro Nacional ao crédito. Uma fonte do banco disse que não houve nenhuma orientação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nem de nenhum de seus auxiliares para a elevação das taxas.
Nas operações do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), os juros cobrados para quem não é cliente da Caixa, a chamada taxa balcão, permanecerão em 9,15% ao ano. Nessa linha, o banco financia imóveis de até R$ 750 mil no Distrito Federal, São Paulo, Rio e Minas Gerais ou R$ 650 mil nos demais estados, como o Paraná, com recursos da poupança ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mas para quem têm relacionamento com a CEF, incluindo servidores públicos, haverá aumento na taxa. O maior, de meio ponto porcentual, foi para os servidores públicos que, além de serem clientes, recebem o salário pelo banco essa taxa subiu de 8% para 8,5%.
Pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que apoia a compra de imóveis com valor acima de R$ 750 mil nos mesmos estados e no DF, a taxa de juros anual passará de 9,2% para 11% para os não clientes da Caixa. Trata-se do maior aumento nessa modalidade, de 1,8 ponto porcentual. Foram reajustadas também as taxas que são cobradas dos clientes da Caixa, incluindo servidores públicos que recebem pelo banco neste último caso, passou de 8,80% para 10,20%.
Concorrentes
Uma fonte da Caixa informou que a instituição avalia que não perderá participação no mercado por causa do "alinhamento" das taxas de juros porque os demais bancos também devem fazer o mesmo movimento.
Questionados, os maiores bancos do país não descartaram aumento dos juros. O BB informou, em nota, que "monitora constantemente os movimentos do mercado e procura sempre oferecer as melhores condições possíveis aos seus clientes". O banco disse que, até o momento, não há definição sobre alterações nas taxas. O Itaú Unibanco afirmou que a política de taxas do crédito imobiliário é "personalizada de acordo com o perfil e relacionamento dos clientes". O Bradesco e o Santander informaram, via assessoria, que não alteraram as taxas.
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