Chegou ao fim a greve na Caixa Econômica Federal, que fechou agências em Curitiba e região desde 3 de outubro. Funcionários decidiram ontem em assembléia aceitar a nova proposta da empresa. Na segunda-feira, a CEF entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, mas recuou, cancelou a audiência marcada e atendeu algumas das reivindicações dos grevistas. A reunião entre representantes do banco e do Comando Nacional dos Bancários se prolongou das 22 horas de segunda às 2h30 de terça.
Até o fechamento desta edição, bancários de Londrina, Paranavaí, Apucarana e Cornélio Procópio também haviam decidido voltar ao trabalho, de acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. Em todo o país, os sindicatos de São Paulo (a maior base sindical do país), Florianópolis, Roraima e Acre decidiram pelo fim da greve. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), dos sindicatos de capitais e estaduais que realizaram assembléias ontem à tarde, apenas os bancários de Belo Horizonte recusaram o acordo.
Além do que foi negociado com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para todos os bancários, como reajuste salarial de 6% e pagamento de 13.ª cesta-alimentação no valor de R$ 250,46, a Caixa ofereceu Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 4,1 mil para técnicos bancários e escriturários e de R$ 4.362,84 para trabalhadores com cargos comissionados. A PLR agora é linear, ou seja, não é calculada sobre o salário do trabalhador. A primeira proposta do banco, recusada pela categoria, ofertava PLR de 56% do salário base mais parcela fixa de R$ 614 e valor adicional de R$ 600, dependendo da lucratividade.
A primeira parcela da PLR, equivalente a 60% do total, deve ser paga dez dias após a assinatura do acordo. A segunda parcela, de 40%, a ser paga em março de 2008, pode ser acrescida de R$ 600 se a variação do lucro da Caixa neste ano for superior a 15% do que o de 2006.
O banco propõe ainda reunir as carreiras dos funcionários em um único Plano de Cargos e Salários a partir de 2008, atendendo ao pedido de isonomia, uma das principais demandas dos trabalhadores. A Caixa garante apresentar projeto até 30 de abril e implantá-lo em julho do próximo ano. Desde 1998, duas categorias distintas existem na empresa. Os funcionários também não terão descontos no salário pelos dias de greve.
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