A Caixa Econômica Federal liderou em setembro, pelo terceiro mês consecutivo, a lista das instituições com maior volume de reclamações em relação ao tamanho do seu conglomerado. De acordo com o ranking, divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Banco Central, o total de pontos recebidos pela Caixa caiu de 12,85 para 10,94 de julho para agosto e agora para 10,88.
O resultado é proveniente de 842 reclamações consideradas como procedentes pelo BC, de um total de 77,368 milhões de clientes. O número de queixas foi idêntico ao do mês anterior.
A pontuação caiu no período porque houve um aumento da base de clientes. Essa classificação por pontos é gerada por um índice que leva em conta instituições que receberam o maior volume de críticas de usuários de seu serviço em relação ao total de clientes. Todas são avaliadas pelo BC pelo seu conglomerado.
O Bradesco manteve a segunda colocação no ranking de queixas em setembro. A instituição recebeu 711 reclamações consideradas procedentes, o que levou o banco a receber 9,28 pontos, ante 10,90 pontos registrados em agosto. O Bradesco tem 76,559 milhões de clientes.
O banco Itaú também permaneceu na mesma posição na lista de agosto para setembro, em terceiro lugar. Seu índice foi de 7,69 pontos (6,84 pontos de agosto). O conglomerado recebeu 458 reclamações e tem um total de 59,555 milhões de clientes.
Na quarta posição, com 7,29 pontos (6,75 pontos em agosto) continua o Santander. Foram registradas em setembro 240 reclamações consideradas procedentes pelo BC. A instituição tem um total de 32,888 milhões de clientes.
Na quinta posição aparece o HSBC, com 6,08 pontos. Em agosto, o conglomerado também estava nessa colocação. De acordo com os dados do ranking divulgado pelo BC, em setembro, o HSBC recebeu 77 reclamações. A base de clientes da instituição é de 12,646 milhões.
Reclamações
Em setembro, o total de queixas feitas ao BC e consideradas com fundamentação foi de 3.391. O número é levemente menor que as 3.581 reclamações registradas em agosto. A queixa mais comum continua sendo a restrição à realização de portabilidade de operações de crédito consignado relativas a pessoas físicas. O total de reclamações relativas a esse item diminuiu, no entanto, de 580 em agosto para 435 no mês passado.
Na segunda posição entre os motivos da reclamação, continua a crítica sobre irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito. Foram 411 queixas relativas a esse item (422 em agosto).
O terceiro lugar passou de cobrança irregular de tarifa por serviços não contratos para débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente, com 293 queixas.
A quarta colocação foi de irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços , com 275 críticas.
Na quinta posição ficou a oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada, com 238 reclamações.