Feirão deve ficar lotado neste domingo
A procura por imóveis do segmento econômico é a maior no Feirão da Caixa, que começou sexta-feira e vai até este domingo. A oferta para esses empreendimentos, que se encaixam no Programa Minha Casa, Minha Vida, está concentrada nos bairros da região Sul de Curitiba e na região metropolitana, nos municípios de Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Araucária, Piraquara e Fazenda Rio Grande, confirmando a tendência de expansão para essas regiões. Os preços variam de R$ 80 mil a R$ 3 milhões. Neste domingo, o evento, que acontece no Marumby Expo Center (Avenida Presidente Wenceslau Braz, 1046, Guaíra), vai das 10 as 18 horas.
As queixas por atraso nos prazos de execução das obras são as campeãs de reclamações no Procon-PR entre os problemas relacionados às construtoras. Levando em conta todas as consultas ao órgão em 2011 relacionadas aos novos imóveis, os atrasos no início ou conclusão da obra representam 18% de todas as orientações e queixas recebidas. Quando as reclamações são levadas adiante, o descumprimento dos prazos chega a representar quase um terço dos casos.
Os frequentes problemas de construção em imóveis populares ou construções econômicas também somam várias reclamações e motivaram uma determinação do Conselho Curador do FGTS. A medida deve tornar a fiscalização da Caixa Econômica Federal mais rígida quanto a este quesito. A avaliação do conselho é de que os imóveis estão sendo entregues com muitos problemas aos mutuários.
Por isso, a Caixa terá de prestar mais atenção a alguns itens antes de conceder o empréstimo nos financiamentos habitacionais com recursos do fundo de garantia. A qualidade dos materiais usados na construção e os contratos formais dos trabalhadores da obra, que obrigatoriamente deverão ter carteira assinada, serão os principais critérios analisados. A medida entre em vigor em 60 dias.
Histórico
A demora na entrega do imóvel vem se tornando cada vez mais freqüente. Em 2009, a queixa estava atrás de reclamações como qualidade das construções, descumprimento dos contratos, idoneidade das construtoras e reparos nos imóveis, com apenas 7% dos relatos ao órgão. Em 2010, o atraso nas obras já era a segunda reclamação mais freqüente.
Somando todas as ocorrências no ano passado, a empresa que recebeu o maior número de reclamações no Procon-PR foi a MRV, líder no segmento de imóveis populares. Em levantamento parecido feito em São Paulo, a empresa foi a terceira mais citada, atrás da Gafisa, que controla a Construtora Tenda, e a PDG.Em nota, a MRV Engenharia se defende e alega que 85% de todas as suas obras no país encontram-se adiantadas em relação ao contrato firmado com os clientes, 10% estão dentro do prazo e apenas 5% estão com algum atraso. A construtora diz que tem como meta chegar até o final de 2012 com 100% de suas obras adiantadas.
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