Mais construtoras brasileiras devem dar calote em compromissos financeiros e ter suas notas rebaixadas nos próximos meses, afirmou ontem a Fitch. A agência internacional de classificação de risco destacou que tem ficado cada vez mais difícil às empresas do setor ter acesso a linhas de crédito e receber pagamentos por projetos executados.
A Fitch disse que a decisão da construtora OAS de não pagar R$ 117,8 milhões a investidores no Brasil e no exterior na semana passada, apesar de ter um caixa estimado em R$ 1 bilhão, abriu um precedente ruim para as companhias de engenharia e construção do Brasil. A Fitch ressaltou que todas as construtoras brasileiras tiveram suas notas colocadas em perspectiva negativa em novembro do ano passado.
Investigada na operação Lava Jato, a OAS sofreu uma série de rebaixamentos da sua nota pelas agências de risco Standard & Poors, Moodys e Fitch desde o início do ano.