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Câmara aprova urgência para projetos do pacote fiscal

Câmara aprova urgência para projetos do pacote fiscal
Os projetos do pacote de corte de gastos do governo serão analisados diretamente no plenário na Câmara, sem passar por comissões. (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados.)

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A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (4) a urgência para dois projetos que fazem parte do pacote de corte de gastos do governo. Com isso, as propostas não passarão por comissões e serão votadas diretamente no plenário. A votação dos requerimentos ocorre em meio à insatisfação dos parlamentares com o impasse das emendas.

A urgência para a tramitação do projeto de lei complementar (PLP) 210/2024 foi aprovada por 260 votos favoráveis, 98 contrários e 2 abstenções. Eram necessários 257 votos para a aprovação. O Novo e o PL entraram em obstrução após criticarem a proposta.

O PLP veda a concessão de créditos tributários em caso de déficit nas contas públicas e permite o bloqueio de emendas na mesma proporção das demais despesas discricionárias, limitado a 15% das dotações.

Já a urgência para o projeto de lei 4.614/2024 foi aprovada por 267 votos favoráveis e 156 contrários. A proposta ajusta o ritmo de crescimento dos gastos obrigatórios considerando o arcabouço fiscal, que limita o crescimento real das despesas a 70% da variação da receita, sempre entre 0,6% e 2,5%.

Entre os gastos, a medida limita o aumento real do salário mínimo até 2030. Também torna obrigatório o cadastro biométrico para manutenção, renovação e concessão de benefícios da seguridade social.

Câmara votou urgência após acenos do governo aos parlamentares

A tensão entre os parlamentares e o governo ficou evidente após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dizer que o Executivo não tinha os votos necessários nem para aprovar o regime de urgência para os projetos do pacote fiscal.

"Hoje, o governo não tem votos sequer para aprovar as urgências dos PLs. A PEC, eu coloquei na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], pedi para ser extrapauta e foi retirado – a pedido do governo –, porque acho que não tinha a certeza de ter os mínimos votos para aprovar a admissibilidade da PEC na CCJ", disse Lira durante um evento do portal Jota nesta manhã.

A relação entre os Poderes azedou após o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar a retomada de emendas, mas impor regras mais rigorosas de transparência. Na noite de terça (3), a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo que reconsidere parte da decisão sobre as emendas.

Além disso, o governo Lula pediu ao Tesouro Nacional a liberação de R$ 7,8 bilhões em emendas parlamentares para 8 áreas. "Na medida em que os órgãos apresentem demandas garantindo que estão sendo cumpridas as exigências legais e as fixadas pelo STF, novas liberações de limite financeiro serão efetuadas ainda ao longo do corrente mês de dezembro de 2024", diz um trecho da solicitação do governo.

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