A Câmara dos Deputados italiana decidirá neste sábado (12) sobre o projeto de Lei de Orçamento para 2012, que inclui algumas das medidas de austeridade econômica mais urgentes exigidas pela União Europeia para tranquilizar os mercados, depois do que está prevista a renúncia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
>>> Renúncia colocará fim a era de escandalos
>>> Monti, provável substituto, almoça com Berlusconi
O texto, que nesta sexta-feira foi ratificado pelo Senado, chegará ao plenário da Câmara dos Deputados por volta das 12h30 locais (9h30 de Brasília) para ser discutido e, em seguida, aprovado.
Após o trâmite, estima-se que Berlusconi apresente sua renúncia ao cargo de premiê, colocando fim ao seu quarto Governo, que iniciou no dia 8 de maio de 2008.
A legislatura, marcada pelos escândalos de índole sexual que envolveram o líder na Justiça italiana, chega ao fim dois anos antes do fim natural, pois o mandato terminaria em 2013, em meio à crise da dívida que ameaça as finanças públicas do país.
A opção política mais cotada neste momento para a Itália é a formação de um governo tecnocrata, liderado por uma personalidade que coloque em acordo todas as forças políticas para tirar a Itália da difícil situação atual.
Para liderar esse governo tecnocrata, o nome especulado é o do economista e ex-comissário europeu Mario Monti, de 68 anos, que conta com grande apoio entre as forças parlamentares e que, na quarta-feira, foi nomeado senador vitalício pelo presidente da Itália, Giorgio Napolitano, o que foi interpretado pelos analistas como um sinal de que ele seria indicado ao cargo.
Renúncia colocará fim a era de escandalos
A saída de Berlusconi do poder abrirá caminho para um governo de emergência e encerrando uma das eras mais escandalosas da história italiana pós-Segunda Guerra.
Sua saída causará uma série de reações durante o fim de semana. Elas devem se encerrar na noite de domingo ou na segunda pela manhã, com a formação de um novo governo, chefiado pelo ex-comissário europeu Mario Monti. Monti, que atualmente chefia a prestigiada Universidade Bocconi, em Milão, deve comandar um governo altamente tecnocrático para aprovar reformas em uma tentativa de evitar uma crise ainda mais perigosa.
Monti, provável substituto, almoça com Berlusconi
O ex-comissário da União EuropeiaMario Monti, citado como seu potencial substituto, almoçou com Berlusconi neste sábado.
A maioria dos partidos italianos apoia Monti para assumir o posto de chefe do governo de unidade nacional. Ele é visto como um líder capaz de fechar as fendas em relação à crise do endividamento soberano que elevou o prêmio de risco do país. Mas Berlusconi e seu partido, a Liga Norte, ainda têm dúvidas sobre o apoio a Monti. As informações são da Dow Jones.
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