A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira um Orçamento de 2,9 trilhões de dólares do país para 2008.
Os democratas dizem que o Orçamento impõe uma disciplina fiscal sobre o governo federal, enquanto os republicanos afirmam que ele levará a um forte aumento de impostos.
A aprovação ocorreu por 216 a 210 votos. O Orçamento dispõe mais gastos com educação e outros programas domésticos, que segundo os democratas foram ignorados nos seis anos em que os republicanos controlaram o Congresso.
O Orçamento apresenta ainda metas de gastos e receita, mas dependerá de cada comitê agir para especificar a legislação. O Senado aprovou sua versão do Orçamento e agora as duas casas precisam trabalhar nas diferenças.
"Temos que trazer de volta a sanidade fiscal, criamos uma bagunça nos últimos seis anos", afirmou Allen Boyd, democrata da Flórida.
O presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, o democrata John Spratt, da Carolina do Sul, disse que os gastos previstos para o ano fiscal que começa em 1o de outubro abre o caminho para transformar os fortes déficits dos últimos anos em superávits até 2012.
O orçamento também supõe um alívio temporário do imposto alternativo mínimo para cerca de 20 milhões de contribuintes.
Os republicanos dizem que o projeto é "o maior aumento de impostos da história" por não estender o corte de impostos do presidente George W. Bush que expira em 2010.
Os democratas respondem que o orçamento não contém aumentos de impostos, evitar desperdiçar gastos e dá prioridade à continuidade de isenções tributárias populares entre a classe média.