Por 263 votos a favor e 171 contrários, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o pacote de ajuda ao sistema financeiro. O texto vai agora à sanção do presidente Bush para entrar em vigor.
O custo total das medidas é de US$ 850 bilhões, dos quais US$ 700 bilhões são de socorro ao mercado financeiro e os outros US$ 150 bilhões são relativos a emendas dos parlamentares, cortes de impostos e ajuda a empresas que não são do setor financeiro, mas também sofreram com a crise. Essas medidas adicionais foram introduzidas ao texto para viabilizar sua aprovação, depois da derrota do governo na Câmara na votação de segunda-feira.
A decisão da Câmara terá impacto direto na bolsas americanas e na Bolsa de Valores de São Paulo, que operavam em alta desde o início do pregão.
O aprovação do pacote deve quebrar a cadeia de pânico que toma conta do mercado, mas não será suficiente para resolver a crise, diz a colunista Miriam Leitão.
O líder da minoria Roy Blunt, de Montana, contou que três fatos aconteceram para que a opinião dos membros do partido Republicano, que se opunham ao pacote, tivessem mudado de opinião: eles receberam mais ligações de eleitores apoiando o projeto, a nova regulamentação da SEC ( a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) sobre os mercados e auditorias, e as modificações feitas no Senado, incluindo o aumento do seguro aos depósitos de US$ 100 mil para US$ 250 mil.
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