A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou no final da tarde um pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões concebido para reforçar a debilitada economia americana e conter as perdas de empregos. O pacote foi aprovado por 246 votos a favor, 183 contra e uma abstenção, de um deputado democrata. Como esperado, o voto seguiu estritamente as linhas partidárias, com nenhum republicano votando a favor do pacote de recuperação.

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O Senado dos EUA provavelmente vai votar o pacote ainda na noite desta sexta-feira, embora o debate já tenha começado. Se o Senado aprovar o pacote ainda hoje, a legislação estará pronta para ser sancionada pelo presidente Barack Obama na segunda-feira, de acordo com nota divulgada pela Casa Branca.

"Espero que funcione, mas tenho dúvidas. Então, vou votar 'não'", justificou John Boehner, líder da minoria republicana, antes da votação.

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Cortes

O novo acordo inclui cortes, uma vez que o valor do pacote era de US$ 838 bilhões quando aprovado no Senado, na terça-feira (10). Mais de um terço do valor é constituído de deduções fiscais, cerca de US$ 286 bilhões, e o restante inclui gastos em infraestrutura, saúde, ciência e tecnologia, assim como educação e energias alternativas.

Na estimativa dos congressistas, os US$ 787 bilhões devem contribuir para gerar ou proteger 3,5 milhões de empregos nos EUA, retirando o país da recessão que começou há 16 meses.

O presidente Obama disse na última quarta que a finalização urgente do plano no Congresso era urgente para a economia do país. "Fazer esse plano entrar em vigor é ao mesmo tempo urgente e essencial", declarou Obama em viagem a Springfield (Virgínia, leste), próximo a Washington.

Plano imobiliário

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Também nesta sexta, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que Obama apresentará na próxima quarta-feira um plano contra as execuções de imóveis hipotecados.

Na terça-feira passada, o secretário do Tesouro, Tim Geithner, anunciou que o Estado americano dedicaria US$ 50 bilhões para favorecer a renegociação de empréstimos para a compra de casas que seus detentores não conseguiram pagar, para que possam conservar seus lares.

O número de execuções de hipotecas recuou 10% em janeiro, em relação a dezembro, mas ainda é superior a 18% ao percentual registrado em janeiro de 2008, informa o escritório especializado RealtyTrac.