A Câmara dos EUA já começou a discutir o plano de ajuda de US$ 700 bilhões para socorrer os bancos norte-americanos em crise. O projeto entra novamente em discussão depois de ser rejeitado na Casa na segunda-feira (29). Após passar por modificações, a proposta foi aprovada pelo Senado na quarta-feira à noite.
Na expectativa pela votação, as principais bolsas sobem. Em Wall Street, o índice Dow Jones, referência para Nova York, subia mais de 1%, enquanto no Brasil a Bovespa registrava alta de mais de 3%. Na véspera, o dia foi tenso e as bolsas ao redor do mundo tiveram quedas.
O que mudou
A nova proposta garante que o contribuinte norte-americano - que, afinal, vai pagar a conta - também tenha vantagens. Além da limitação de ganhos dos executivos dos bancos beneficiados pelo dinheiro, o governo garantiu reduções tributárias a pessoas físicas e pequenos negócios.
A proposta agora inclui também a elevação do limite de depósitos garantidos pela Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC) de US$ 100 mil para US$ 250 mil, além da prorrogação de créditos fiscais para empresas, pessoas físicas e para projetos de energia renovável. Com as modificações, o preço total do plano subiu agora é estimado em US$ 850 bilhões.
Quinta-feira (2), o dia foi de negociações. A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, afirmou que estava otimista sobre a aprovação do pacote. Vários parlamentares republicanos afirmaram que, apesar de ainda não estarem completamete sastisfeitos com a proposta, votariam a favor dela.
Casa Branca
A Casa Branca voltou a solicitar à Câmara a aprovação do pacote de US$ 700 bilhões, afirmando que "muito, senão todo" o dinheiro aplicado será recuperado pela União.
Em um comunicado oficial, a Casa Branca reiterou seu apoio à legilação, afirmando que ela "dá um sinal importante aos mercados americano e internacional de que o governo tomará as ações necessárias para reabilitar o sistema financeiro".