A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) a permissão para que as pessoas que utilizaram recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de ações da Petrobras possam usar novamente o Fundo para participar do processo de capitalização da empresa. Essa compra de ações com dinheiro do FGTS foi permitida no governo Fernando Henrique Cardoso.

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Pelo acordo fechado em plenário, será permitido o uso de até 30% do saldo do FGTS para a compra de ações. Quem é acionista mas não comprou as ações com recursos do FGTS não será beneficiado. Inicialmente, o governo tentou impedir a inclusão, mas cedeu após perceber que a derrota era iminente e conseguiu a fixação de um limite para o uso.

O líder do DEM, Paulo Bornhausen (SC), afirmou que depois da aprovação final, os outros acionistas poderão pedir na Justiça o direito de usar o FGTS na capitalização. Ele disse acreditar que o pleito será aceito pelo Judiciário.

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O aporte total de recursos para a Petrobras será o equivalente a 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal. Será feita uma avaliação do valor destes barris e o governo trocará, de forma indireta, os barris por ações da empresa. Quem não quiser reduzir sua posição acionária poderá também colocar mais recursos na companhia de economia mista. É aí que poderá ser usado o FGTS por quem já fez a opção antes.

No seu relatório, o deputado João Maia (PR-RN) retira a incidência da cobrança de participação especial para estes barris de petróleo que serão cedidos à Petrobras. A participação especial é uma espécie de tributo que pode chegar a até 40% do valor em campos de grande produção. Nesta área que será repassada a Petrobras haveria apenas a incidência de royalties, que podem chegar a até 10%.