A Camargo Corrêa anunciou nesta quarta-feira que fechou acordo com a construtora Teixeira Duarte para comprar os 22,17 por cento da participação que a empresa possui na cimenteira Cimpor.
O grupo brasileiro, que anunciou interesse na empresa portuguesa após a Companhia Siderúrgica Nacional ter lançado em dezembro uma oferta de aquisição da cimenteira por 5,75 euros por ação, ofereceu 6,50 euros por ação à Teixeira Duarte, segundo comunicado enviado ao mercado de Lisboa.
A Camargo Corrêa afirma que o acordo prevê que a participação adquirida por ser ampliada em até mais 3 por cento do capital da Cimpor detidos por terceiros.
A companhia brasileira afirmou no comunicado que tem "estratégia que permita lançar bases de um projeto industrial sustentado, de longo prazo e de elevada criação de valor para ambas as empresas" e acionistas.
No início do mês, o também brasileiro grupo Votorantim, maior produtor de cimento do Brasil, anunciou que fechou acordo com a francesa Lafarge para ficar com uma participação de 17,3 por cento na Cimpor.
A empresa também obteve acordo com a estatal portuguesa Caixa Geral de Depósitos (CGD), detentora de 9,6 por cento das ações da Cimpor, que estabelece que a Votorantim terá que permanecer como acionista minoritária na empresa portuguesa.
Enquanto isso, a CSN recorreu na véspera ao Cade para paralisar no Brasil os efeitos da compra da participação na Cimpor pela Votorantim .
A oferta da CSN, que para ser bem sucedida precisa contar com apoio de 50 por cento mais uma ação da Cimpor, expira em 17 de fevereiro.
A Cimpor é o terceiro maior produtor de cimento do Brasil e a Camargo Corrêa ocupa a quarta posição, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).