A Índia precisa abrir ainda mais setores como os de seguros, bancário e varejista para investimentos estrangeiros e simplificar os procedimentos para facilitar os negócios por empresas externas no país, afirmou nesta segunda-feira o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
O comentário foi feito durante encontro de Cameron com líderes empresariais indianos no primeiro dos três dias da viagem do premiê à Índia.
A visita, a segunda desde que Cameron assumiu como primeiro-ministro em 2010, ocorre num momento em que companhias britânicas, como a telefônica Vodafone, enfrentam dificuldades na Índia.
A Vodafone está no meio de uma longa disputa tributária com o governo indiano, apesar de ter obtido uma decisão favorável da suprema corte do país. Outra empresa que enfrenta problemas na Índia é a Vedanta, que recentemente interrompeu a produção numa refinaria de alumina no leste indiano depois de não conseguir permissão do governo para explorar bauxita, um importante insumo para a mineração.
As questões envolvendo grupos britânicos deverão ser discutidas durante encontro de Cameron com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, em Nova Délhi, nesta terça-feira.
Cerca de 700 empresas indianas atuam no Reino Unido e o diversificado grupo Tata é o maio conglomerado privado em operação naquele país. A unidade britânica da Tata Steel, a unidade siderúrgica do grupo, foi atingida por uma queda na demanda devido à crise fiscal europeia.
Reino Unido e Índia também desejam expandir o comércio bilateral que cresceu 27% no ano fiscal encerrado em março de 2012, para US$ 16,16 bilhões, segundo o Ministério de Relações Exteriores indiano. A expectativa é que as trocas anuais entre os dois países cheguem a 22 bilhões de libras (US$ 34,15 bilhões) até 2015.
Em outubro último, os investimentos diretos britânicos na Índia totalizavam US$ 17,08 bilhões, fazendo do Reino Unido o terceiro maior investidor no país depois das Ilhas Maurício e Cingapura. As informações são da Dow Jones.