A Câmara de Comércio Exterior (Camex) cortou ontem o imposto de importação incidente sobre o feijão em uma tentativa de aumentar a oferta do grão e aliviar a pressão inflacionária. O imposto de 10%, que incidia sobre as importações de países fora do Mercosul, foi zerado até o dia 30 de novembro.
Devido a uma safra 5,7% menor, os preços do feijão vêm subindo desde o ano passado. A cotação de uma saca de feijão avançou de R$ 140, em maio de 2012, para R$ 180, atualmente. O pedido de eliminação da tarifa foi feito pelo Ministério da Agricultura, que defendia isenção até dezembro.
A restrição da oferta mundial de feijão deve limitar o aumento das importações, segundo o especialista na comercialização de feijão, Marcelo Eduardo Lüders, diretor da corretora paranaense Correpar, que considerou a medida acertada, para evitar a pressão dos preços do feijão sobre a inflação.
Conforme Lüders, uma das alternativas de importação seria o "pinto beans", produzido pelos Estados Unidos. O produto é similar ao feijão carioca, o mais consumido pelos brasileiros. Os importadores terão de disputar com outros países 100 mil toneladas. É o volume disponível nos EUA, onde os agricultores estão segurando a safra, prejudicada pelas chuvas. "Nos últimos 15 dias, os preços do feijão subiram de 10% a 15% no mercado norte-americano", afirmou. Já o feijão preto pode ser importado da China.
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