Caminhoneiros do Paraná continuam as manifestações por meio de bloqueios apenas de veículos de cargas nas rodovias do estado na tarde desta segunda-feira (30). Inicialmente a previsão do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que lidera o movimento, era de atingir a marca de 80 bloqueios. Às 16h30, cerca de 20 piquetes estão em andamento em estradas estaduais e federais do Paraná.
Na noite desta segunda-feira, a rodovia PR-170, perto do quilômetro 430, no sentido Guarapuava-Pinhão, registra manifestos dos caminhoneiros. No entroncamento da PR-180 com a PR-281 quilômetro 455 em Dois Vizinhos, bloqueios a caminhões também ocorrem. Na PR-082, no quilômetro 235, sentido Cianorte-Engenheiro Beltrão há bloqueios de transportadores de carga. O quilômetro 55 da PR-468, no trecho de Moreira Sales, também foi bloqueado, assim como o quilômetro 11 da PR-483 e o quilômetro 177 da PR-466, em Pitanga.
Ainda nas rodovias estaduais, a PR-493 foi interditada para caminhões no quilômetro 47, entre Verê e Itapejara D`Oeste, assim como a PR-323, no quilômetro 303, em Umuarama. Em Francisco Beltrão, a PR-180, quilômetro 471 e 580 possui restrições no trânsito.
A PR-218, no quilômetro 250, em Astorga, também foi bloqueada para caminhões, de acordo com a PRE. Os caminhoneiros ainda fazem protestos na PR-471, no quilômetro 222, em Nova Prata do Iguaçu. Em Realeza, na região Sudoeste do estado, a PR-182 foi bloqueada no quilômetro 458 às 8h40. No fim da tarde desta segunda, o tráfego de caminhões está impedido na altura do Posto Stop, na saída para Cascavel, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Entre as rodovias federais, dos bloqueios que foram iniciados pela manhã apenas entre Pérola do Oeste e Barracão, na BR-163, ainda há bloqueios. Durante o dia, manifestações foram registradas na BR-277, no quilômetro 670, em Medianeira, e na BR-476, no quilômetro 80, em Toledo. As estradas federais começaram a ser bloqueadas às 4h, conforme informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Nas estradas estaduais às 19h30 algumas manifestações já tinham sido encerradas. No quilômetro 288, na PR-151, em Castro, o trânsito flui normalmente depois de veículos chegarem a transitar pelo acostamento durante a manhã. A rodovia PR-323, que liga Maringá a Umuarama, teve a interdição interrompida no quilômetro 303 para veículos de carga, na cidade de Cruzeiro às 17h30. Em Medianeira, no quilômetro 40 da PR-495 a liberação aconteceu no mesmo horário. Em Goioerê, a interrupção do tráfego de cargas, no quilômetro 55, da PR-495, no entroncamento com a BR-272, também terminou.
De acordo com o líder do MUBC no Paraná, Neri Leobet, os trabalhadores devem se reunir com o Ministério dos Transportes nesta terça-feira (31) para discutir impasse. Os manifestantes afirmam que a situação pode complicar durante a semana. "A rodovia segue bloqueada hoje [segunda-feira] por tempo indeterminado, mas apenas para caminhões, se até amanhã não tivermos nenhuma posição por parte do governo, vamos apelar para a total interdição das pistas, nenhum veículo poderá trafegar", ressaltou o caminhoneiro Márcio Salkenbach, que protesta na BR-277.
A Polícia Rodoviária Federal acompanhou o trecho paralisado da BR-277 para controlar a movimentação, que segundo os policiais ocorreu pacificamente, sem qualquer tumulto. Os caminhões ficaram estacionados nos acostamentos e também pátios de empresas e postos de combustíveis próximos. Motoristas que não quiseram aderir à greve, segundo a PRF, neste ponto, não são obrigados a parar.
Reivindicações
A mobilização é uma reação a pontos da chamada Lei do Caminhoneiro em vigor desde junho deste ano que limitou a jornada de trabalho a 10 horas para os contratados e a 12 horas para os autônomos. Outra exigência são intervalos de 30 minutos a cada 4 horas trabalhadas e um repouso ininterrupto de 11 horas a cada 24 horas. Os caminhoneiros querem a suspensão da lei até que sejam construídos "pontos de paradas", onde os veículos possam permanecer em segurança.
A categoria também contesta pontos da Resolução 3658, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que acaba com a carta-frete e a informalidade na discriminação de custos da contratação de autônomos por parte das transportadoras. Os trabalhadores pedem a suspensão temporária da norma, até que o sistema eletrônico de pagamento seja estruturado.
Os caminhoneiros também reivindicam pontos que garantiriam mais segurança nas estradas. Dentro as solicitações, estão a criação do Fórum Nacional do Transporte, a suspensão imediata da fabricação dos bitrens (composições rodoviárias com nove eixos), aprovação do estatuto dos motoristas, e criação em todo o país de delegacias especializadas em combater roubos de cargas.
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