Pelo menos 1,5 mil caminhoneiros que fazem o transporte de cargas ao Porto de Paranaguá mantêm, desde sábado (6), um bloqueio no pátio de triagem da unidade portuária, que parou de operar em função da interdição. O fechamento começou a ser sentido mais intensamente nesta segunda-feira (8), com a chegada de novos veículos, que não conseguiram descarregar no Porto. A interdição foi motivada por um impasse em função do recebimento de adicionais de estadia – taxa a que os caminhoneiros têm direito quando chegam ao destino, mas o veículo não é descarregado dentro do prazo. Com o fechamento, por volta das 16 horas, a fila de caminhões chegou a quatro quilômetros no acostamento da BR-277, rodovia que dá acesso a Paranaguá.

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Um acordo entre os terminais de operação e o Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam) estabelece que, no caso de transporte para portos, o adicional de estadia é pago depois de cinco horas que o veículo chegou ao destino. Para cada hora adicional que os caminhões permanecem parados, o caminhoneiro tem direito a receber R$ 1, por tonelada. A taxa é cobrada até que o veículo seja totalmente descarregado.

Entretanto, com a superssafra, o volume de caminhões no Porto de Paranaguá aumentou e o processo de descarga se tornou mais lento. Com isso, segundo o Sindicam, os terminais quiseram renegociar o valor do adicional. Algumas empresas teriam se negado, inclusive, a pagar a taxa. De acordo com o sindicato, mais de 600 caminhões estão parados há cerca de uma semana, sem receber o adicional. A operação de embarques na unidade portuária é feita por dez terminais fixos, além de embarcações que fazem o serviço, mas que não mantêm sede física no Porto.

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Por volta das 17 horas, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) intermediou uma negociação entre o sindicato e os terminais de operação. Os contratantes apresentaram uma oferta de R$ 0,70 por tonelada, por hora adicional. O sindicato realizaria uma assembleia para decidir se aceitava a proposta. Os caminhoneiros que receberam os adicionais integralmente vão deixar o porto de triagem.

Na rodovia

A fila de caminhões no acostamento da BR-277 se estendia dos quilômetros 5 ao 9 da rodovia, segundo a Ecovia – concessionária que administra o trecho. O tráfego de veículos pela pista fluía normalmente, mas a orientação é de que os motoristas redobrem a atenção, em função de o acostamento já estar ocupado no segmento.

Mais informações em breve.

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