A nova diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) tomou posse ontem entre cobranças de reformas, feitas pelo novo presidente, Edson Campagnolo, empresário da área do vesturário há 33 anos que substitui Rodrigo da Rocha Loures no quadriênio 2012-2015. Em 67 anos de história da entidade, é a primeira vez que um empresário do interior chega à presidência. Além de estar à frente da Fiep, Campagnolo também acumula a posição de representante da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) na diretoria. Estiveram presentes na cerimônia os ministros Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Paulo Bernardo, das Comunicações.
No discurso de posse, Campagnolo comentou o processo eleitoral da entidade, em que concorreu contra o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros. Campagnolo falou de uma "eleição atípica em que forças não tão comuns à vida empresarial tentaram se intrometer na eleição, com práticas não tão limpas, para não dizer sujas". Campagnolo ainda anunciou o Programa Turismo na Fronteira como seu primeiro ato à frente da Fiep, mas ele não apresentou detalhes da iniciativa.
Ainda na quinta-feira, quando deu coletiva à imprensa, Campagnolo lembrou a série de prioridades da nova gestão, destacando a capacitação do setor o plano é formar 500 mil trabalhadores/ano por meio do Sesi/Senai e o reforço da articulação para as reformas do país. Na posse, olhando para a ministra Gleisi Hoffmann, o novo presidente da Fiep cobrou do governo as reformas tributária, política, fiscal e trabalhista.
Campagnolo também mencionou a realização das obras de infraestrutura necessárias para o desenvolvimento do estado. A principal aposta do setor é na melhoria e ampliação da malha ferroviária, além do apoio na construção de aeroportos. "Como representante do interior, vou tentar ao máximo desconcentrar a industrialização do estado. Para isso sei que são necessários investimentos, como novos aeroportos, além de incentivos e diálogo aberto para a atração de empresas para além das regiões metropolitanas de Curitiba, Londrina e Maringá. Acredito que boa parte disso poderá ser viabilizada por meio de parcerias público-privadas", afirmou anteontem. A Fiep trabalha, com a Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, na formatação de um marco regulatório estadual para a formação de PPPs. Na posse, Campagnolo prometeu um "banco de projetos" com R$ 600 milhões para investimentos em PPPs. Em 15 anos, ele disse, o investimento no Paraná poderia chegar a R$ 18 bilhões.
Colaborou Alexandre Costa Nascimento.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast