12 bilhões
É a quantidade de barris que podem ser extraídos comercialmente de Libra. Anteriormente, previa-se que campo teria no máximo 5 bilhões de barris. Diretora da ANP considera 10 bilhões de barris "um bom número".
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) fez nesta quinta-feira um anúncio que muda o quadro da exploração do pré-sal brasileiro. Novos dados geológicos do prospecto gigante de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, sugerem o maior campo do país, com o equivalente a dois terços de todas as reservas provadas no Brasil.
Com isso, o governo decidiu que Libra será a única oferta no primeiro leilão do pré-sal, que foi antecipado nesta quinta-feira para outubro e terá a presença da presidente Dilma Rousseff. O leilão de áreas com potencial para gás será em novembro. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, disse que os novos dados, revelados neste mês, deixaram o governo e ela própria "deslumbrados" com o potencial de Libra. "É muito grande, muito maior do que tínhamos na mão até agora", disse. Libra foi uma das áreas usadas para a cessão onerosa de 5 bilhões de barris da União para a Petrobrás.
A estimativa é de que a área tenha o dobro de petróleo do que se imaginava há apenas um mês. Magda disse que os novos dados apontam para entre 8 bilhões a 12 bilhões de barris recuperáveis - que podem ser extraídos em produção comercial. Todas as reservas provadas do Brasil somam 15,7 bilhões. Em abril, a reguladora estimara que Libra teria entre 4 bilhões e 5 bilhões de barris. "Acho que 10 (bilhões de barris) é um bom número", disse.
A decisão de só ofertar Libra e antecipar o leilão de novembro para outubro foi tomada nesta quarta-feira, em Brasília, depois de chegarem os novos dados. A ANP reavaliou a área com base no resultado de sísmicas em 3D no fundo do mar, uma espécie de raio X, e de um poço perfurado a mando da agência no local. "Não há por que ofertar mais do que Libra no leilão", disse.
De acordo com o novo regime de partilha, criado para a área do pré-sal, a Petrobras terá de participar como operadora de Libra com um mínimo de 30%, mesmo que não participe do consórcio vencedor. A petroleira também terá que acompanhar o maior preço ofertado, mesmo que não esteja de acordo, o que gera insegurança no mercado sobre sua capacidade de investimento.
A reguladora disse que não há essa preocupação e que a Petrobras acompanhará a maior oferta, como determina a lei. Caso a estatal esteja fora do consórcio vencedor, entrará com 30% e o consórcio repartirá os 70% restantes.
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