Empresários e políticos do Oeste do estado estão investindo R$ 40 milhões em Campo Mourão (no Noroeste) na construção da Frangobrás, complexo que inclui um frigorífico e uma fábrica de ração. A empresa exportará frango a partir do início de 2008. De início serão abatidos 30 mil aves/dia, chegando a 160 mil no fim de 2009. A previsão é animada pela expectativa de recuperação dos volumes vendidos antes da crise provocada pelo temor da gripe aviária na Ásia. A expectativa do grupo é faturar R$ 10 milhões por mês ao longo de 2008.

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Fazem parte da sociedade o empresário Reinaldo Morais (25% de participação e responsável pela produção) e o frigorífico cascavelense Globoaves (25%). O restante é dividido entre o presidente da Frangobrás, Edmar Arruda, o empresário Paulo Abrão (responsável por compras) e o engenheiro civil Alexandre Nicolau. Juntos, eles assinaram um contrato de financiamento de R$ 22,7 milhões com o BNDES. O restante será investimento próprio.

A parte física da obra termina em agosto, e depois serão instalados os equipamentos. Até o ano que vem, serão gerados 800 empregos diretos, chegando a 1,5 mil quando for atingida a capacidade máxima de produção.

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"Eles serão treinados num centro especial, porque a região não tem tradição de avicultura", diz o vice-presidente da Frangobrás, Reinaldo Morais. Ele conta que já recebeu 4 mil currículos.

No fim de 2009 devem estar construídos 250 aviários. Os produtores também serão treinados, e hoje há 500 candidatos para a atividade. O complexo inclui ainda um centro de pesquisa em nutrição e manejo animal.

O presidente da Globoaves, Roberto Kaefer, explica que a escolha por Campo Mourão foi estratégica, baseada na inexistência de outras empresas avicultoras num raio de 50 quilômetros e na abundância de produtores de grãos na região. "Lá fica a sede da maior cooperativa de grãos do estado", explica. A Coamo deve ser uma das principais fornecedoras da fábrica de ração.

A ausência de concorrentes cria um vazio sanitário ao redor do frigorífico, o que diminui riscos de contaminação e se torna um diferencial importante. "O mundo quer qualidade, que se consegue com sanidade. Como é tudo novo, a granja é nova, o frigorífico é novo, existem menos chances de surgirem doenças." Além disso, segundo Kaefer, também pesou na decisão o fato de Campo Mourão ter facilidades logísticas para exportação.

A Globoaves tem participação em outras duas empresas do ramo, a Goiaves, de Buriti Alegre (GO), e a Uniaves, de Castelo (ES), com participação de 25% em ambas.

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