A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça (27), quatro requerimentos para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, preste esclarecimentos novamente sobre a definição da taxa básica de juros. Os convites foram propostos pelos senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogerio Marinho (PL-RN) e Plínio Valério (PSDB-AM) quase uma semana depois da autoridade monetária manter a Selic a 13,75%.
Campos Neto esteve na CAE em abril deste ano para explicar a política monetária adotada pelo Banco Central, como a taxa de juros, o regime de metas de inflação, a autonomia, o mercado de capitais, entre outros. No entanto, ele tem sido questionado e pressionado para baixar a Selic.
Desde a semana passada, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm articulado diversas estratégias para afastar e até mesmo cassar o mandato de Campos Neto na presidência do BC. Randolfe Rodrigues, que é líder do governo no Congresso, diz que ele está “atuando contra o Brasil e contra a realidade”.
A senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) também atirou contra Campos Neto, com um ofício que pede o afastamento por “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos da instituição”.
Por outro lado, Rogério Marinho pediu o convite a Campos Neto para “mostrar a verdade e apontar que a motivação não é o patamar dos juros. É a sede de poder do PT. Eles nunca aceitaram a autonomia do BC”.
Ainda não há uma data definida para que Campos Neto vá à comissão do Senado.
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