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O presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Roberto Campos Neto, voltou a defender a autonomia durante cerimônia em que recebeu, em nome do BC, o prêmio de “Banco Central do Ano” dado pelo site Central Banking, nesta quarta-feira (12), em Londres.
Ao discursar, Campos Neto disse que a premiação é o reconhecimento de uma série de esforços de um banco central “ainda muito jovem” em relação à autonomia.
O BC passou a atuar com independência a partir de 2021, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a lei dando autonomia à instituição.
A atuação do BC durante a pandemia e a agenda de inovação da instituição também foram elogiadas pelo mestre de cerimônias.
Campos Neto ainda destacou a busca pelo controle da inflação como marca da sua gestão e falou de produtos como o PIX, a moeda digital Drex e o Open Finance.
Além da premiação desta quarta-feira (12), o BC já foi premiado, em 2023, pela criação do PIX e como melhor gestor de reservas. Em 2020, o BC recebeu o prêmio de melhor site de Banco Central e gerenciamento de risco.
Em 2022, Campos Neto recebeu do LatinFinance Banks of The Year Awards o título de presidente do ano de bancos centrais.
Ao discursar durante sessão solene da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) em que recebeu a maior honraria da Casa, na segunda-feira (10), Campos Neto disse que a autonomia do Banco Central (BC) teve “primeiro teste real” com o governo do presidente Lula (PT).
“Com o início do novo governo, iniciou-se também o 1º teste real da autonomia, um período em que foi alvo de questionamentos. O trabalho do Banco Central foi questionado em muitos momentos, mas estamos convencidos de que com o passar do tempo os benefícios da autonomia se tornarão mais claros, bem como o entendimento do caráter técnico das ações adotadas pelo BC”, afirmou.