O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em entrevista a jornalista Míriam Leitão, veiculada na GloboNews na noite desta quarta-feira (27/12), que no último ano em que ele vai ficar no cargo, os juros serão o mais baixo possível e ainda ressaltou que “as análises econômicas têm errado muito”. O teto da inflação definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,25%.
"É difícil falar em 2024 sem pelo menos colocar em perspectiva que as análises econômicas tem errado muito ultimamente. Têm errado o crescimento, têm errado um pouco a inflação, têm errado muito emprego, têm errado os números de crédito", disse.
Sobre as perspectivas para 2024, o presidente do BC ainda destacou que o órgão errou projeções econômicas para o ano e que os resultados foram melhores que as análises.
“Olhando para 2024 com esse viés, eu acho que tem uma boa chance de ter um viés mais positivo. É importante entregar a inflação na meta, e juros o mais baixo possível”, destacou.
De acordo com Campos Neto, apesar da taxa de juros "ainda ser alta, ela vem diminuindo". "As reformas têm ajudado, a parte do mercado de capitais ajudou, a parte de você ter melhor recuperação de garantias ajudou, a parte de ajudar a enquadrar o crédito direcionado ajudou. Cada vez que tem um choque inflacionário temos de subir menos os juros. Mas, na média ela está menor", disse.
Ao ser questionado sobre a possibilidade do parcelamento sem juros, Campos Neto foi taxativo: "não há parcelamentos sem juros, o custo está sempre incorporado. O que podemos analisar é quem paga e como está distribuído, achar uma solução onde todos tenham conforto sem afetar o consumo. O que temos no plano é regulamentar o que já existe".
O presidente do BC ainda comentou sobre novas atualizações para o Pix. A principal novidade deve ser a capacidade de agendar pagamentos, uma modalidade semelhante ao débito automático. E destacou que a meta para 2024 é internacionalizar ainda mais esse sistema de pagamentos.
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