O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto: economia aquecida e rombo nas contas públicas são fontes de pressão sobre a taxa de juros brasileira.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que tem trabalhado por uma transição “bastante suave” no comando da instituição. O mandato de Campos Neto encerra em dezembro deste ano.

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Esta semana o presidente Lula (PT) confirmou a indicação do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, para comandar o banco a partir de 2025.

“Já sou aquele avião que meio que está pousando. A gente brinca que é um avião que não tem instrumentos, só enxerga até a nuvem”, afirmou Campos Neto durante participação em evento da corretora XP, em São Paulo, nesta sexta-feira (30).

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Campos Neto ainda disse que “as instituições valem mais do que pessoas, e não o contrário”.

“Não é sobre o Roberto Campos. É sobre o Banco Central, sobre a institucionalidade, o processo de autonomia e a continuação do trabalho técnico que tem sido feito”, afirmou o atual presidente do BC sem citar Galípolo.

Taxa de juros e câmbio

Em outro momento, Campos Neto disse que o ajuste na taxa de juros, “se e quando houver, será gradual”. Segundo afirmou, o BC seguirá “firme” na busca do cumprimento da meta da inflação.

O presidente do BC considera como fatores de risco para a inflação a resiliência dos altos preços no setor de serviços no Brasil, bem como o processo eleitoral nos Estados Unidos e o impasse sobre o crescimento na China.

Ao falar sobre o câmbio, Campos Neto disse que o BC decidiu intervir no mercado com o primeiro leilão de dólares em 2022. O banco realizou o segundo leilão de dólares na manhã desta sexta-feira (30).

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