O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que a instituição tenta “recuperar a credibilidade” após a votação dividida no Comitê de Política Monetária (Copom) que definiu corte de 0,25% na taxa Selic, que foi fixada 10,5% ao ano.
A declaração de Campos Neto foi dada durante participação durante participação no Macro Day 2024, evento promovido anualmente pelo BTG Pactual, nesta terça-feira (20).
“A equipe está focada e comprometida em levar a inflação para meta [...] A gente entendeu que teve um problema que gerou um prêmio de risco, que não foi bom para o Banco Central e nem para a economia", disse Campos Neto.
Em maio, os quatro diretores do BC indicados pelo presidente Lula (PT) se manifestaram pelo corte de 0,5 pontos percentuais na taxa básica de juros. Outros cinco diretores votaram pelo corte de 0,25%.
“A nossa tarefa é não olhar tanto para esses ruídos de curto prazo e a mensagem é muito parecida com a da ata. Vamos fazer o que tiver que fazer e, se tiver que subir os juros, vamos atuar”, completou Campos Neto.
Na semana passada, ao participar do evento Barclays Day, promovido pelo Banco Barclays, em São Paulo, o presidente do BC disse que, se necessário, a taxa de juros será elevada.
No mesmo evento, Campos Neto destacou que após o impasse de maio no Copom os diretores têm tomado decisões de forma unânime.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou do evento promovido pelo BTG Pactual, nesta terça.
Haddad reclamou da taxa de juros e disse que disse que o país está “com uma restrição monetária muito severa”.
Em outro trecho da sua fala, o ministro disse que "o Banco Central tem que olhar para a curva de demanda e de oferta também, e o fiscal tem que ajudar".
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