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Nesta quarta-feira (4), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o futuro presidente da instituição e atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, deverá dar continuidade à agenda de inovação do banco quando assumir o cargo de presidente a partir de 2025.
“A gente tem agora várias coisas que precisam se encontrar nesse âmbito de inovação e tecnologia, que é o encontro final entre Drex, Pix, Open Finance e internacionalização, isso já está acontecendo, não vejo esse movimento sendo interrompido”, disse Campos Neto durante participação em evento promovido pelo Google Brasil.
“Tenho certeza de que o Gabriel vai imprimir suas ideias ao longo da sua gestão, mas acho que isso está dado, o BC vai inovar”, completou.
Ainda, durante sua fala, Campos Neto disse que o BC vai implementar uma nova funcionalidade de rastreamento, bloqueio e devolução de valores do Pix, mas não detalhou o instrumento. A medida visa coibir fraudes.
Indicação de Galípolo
A indicação de Galípolo para o posto de presidente do Banco Central foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no dia 28 de agosto.
Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo já estava de “sobreaviso” a respeito da escolha do seu nome pelo presidente Lula (PT).
O chefe do Executivo já declarou que Campos Neto é um “adversário político e ideológico”.
Lula quer mudar presidente do BC para "coisas voltarem à normalidade".
Antes de confirmar a indicação de Galípolo, Lula disse que quando o presidente do BC for substituído “as coisas vão voltar à normalidade”.
Já Campos Neto parabenizou Galípolo pela indicação e disse que "tem trabalhado de forma harmônica e construtiva" com o diretor "desde a sua chegada ao Banco Central".
Campos Neto também disse acreditar que a transição do comando da autoridade monetária será suave.
“Menino de ouro”
Considerado um “menino de ouro” pelo presidente Lula (PT), o economista Gabriel Galípolo foi o “número 2” do ministro Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, quando atuava como secretário-executivo da pasta.
Em maio do ano passado, foi indicado para assumir a diretoria de Política Monetária do BC.
Entre 2017 e 2021, Galípolo presidiu o Banco Fator. Ele se aproximou da cúpula petista no final de 2021, antes da pré-campanha eleitoral, atuando como conselheiro econômico.
Após a vitória de Lula, Galípolo fez parte do governo de transição e se tornou o braço direito de Haddad.