Dilma: dinheiro da presidente continuará na poupança| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A caderneta de poupança fechou abril com captação líquida de R$ 1,978 bilhão, com forte concentração nos últimos dois dias úteis do mês. De acordo com o Banco Central, nos dias 27 e 30, houve entrada líquida de R$ 1,836 bilhão. O número equivale à segunda maior alta para meses de abril de toda a série histórica do BC, que começa em 1995, atrás somente de 2007, quando entrada superou as saídas em R$ 2,04 bilhões.

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Logo após a publicação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, no dia 26, quando indicou que deveria continuar reduzindo a Selic, hoje em 9% ao ano, o mercado começou a especular que o governo poderia mexer no rendimento da poupança. O movimento veio na última quinta-feira.

No acumulado do ano, a captação está em R$ 4,107 bilhões, melhor desempenho para os quatro primeiros meses do ano desde 2010, resultado de R$ 381,220 bilhões em depósitos e R$ 377,113 bilhões em saques.

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Recado

Preocupada com a repercussão da mudança nos rendimentos da poupança, a presidente Dilma Rousseff aproveitou seu primeiro programa semanal de rádio após o anúncio das alterações na caderneta para passar um recado aos poupadores, especialmente os pequenos, garantindo que eles não serão prejudicados. A presidente disse que o governo tem a obrigação de proteger a poupança e que a decisão de mudar o rendimento foi tomada para evitar que vire alvo de especuladores.

Dilma destacou que a aplicação continua sendo segura, que ela própria tem dinheiro na poupança e que deixará o investimento lá quietinho. "A poupança continua sendo um investimento excelente, rentável e com a mesma segurança de sempre. Continua e continuará como o melhor tipo de investimento para a maioria dos brasileiros. Eu mesma tenho o meu dinheiro na poupança e ele vai ficar lá", garantiu a presidente.

Emenda

No Congresso, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que pretende apresentar um substitutivo propondo a derrubada das regras da MP da Poupança, tendo como contrapartida uma redução no lucro dos bancos.

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