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CNI

Carga tributária é o maior entrave para o setor industrial

A elevada carga tributária permanece como principal entrave para a indústria brasileira, de acordo com a Sondagem Industrial do primeiro trimestre, divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Neste aspecto, tanto as indústrias de pequeno e médio portes, como as grandes empresas concordam. Porém, as elevadas taxas de juros, que costumavam figurar como segundo maior problema para as indústrias de grande porte, perderam espaço para a taxa de câmbio, o que mostra que a crescente valorização do real vem reduzindo a rentabilidade das empresas exportadoras, na sua maioria de grande porte.

Os juros altos são agora apontados como o terceiro maior problema para as grandes empresas, lembrados por 46% das indústrias consultadas. Em seguida, vêm a competição acirrada do mercado e a falta de demanda.

Porém, para as empresas de pequeno e médio porte, a competição acirrada foi mencionada como o segundo maior problema do setor, citada por 42% das empresas pesquisadas. Em seguida, ficou a falta de demanda e as elevadas taxas de juros, ambas registradas por 39% dos empresários consultados, e a falta de capital de giro, lembrada por 24% dos entrevistados como um dos maiores entraves do setor.

Para os próximos seis meses, a expectativa da indústria não apresentou mudanças significativas em relação ao trimestre passado. "A expectativa com relação às exportações continua sendo de leve redução e o número de empregados deverá se manter estável nos próximos seis meses", revela a Sondagem.

Graças à maior capacidade de enfrentar as variações conjunturais, as grandes empresas revelaram-se mais otimistas com relação ao faturamento para os próximos seis meses. O índice passou de 55,4 pontos, em janeiro, para 57,0, em abril, crescimento que se deve sobretudo à percepção positiva das empresas de grande porte.

A expectativa de exportações recuou em 1,5 ponto em relação a janeiro e alcançou 48,1 pontos em abril, o que sugere um recuo moderado nas vendas externas para os próximos seis meses. "O pouco otimismo com relação às exportações deve-se, provavelmente, à valorização do real e a conseqüente redução na rentabilidade das vendas externas", diz o documento.

A queda foi maior entre as pequenas e médias empresas, enquanto o indicador dos grandes permaneceu praticamente estável. Entre os setores industriais, o farmacêutico, o de limpeza e perfumaria e o de refino de petróleo são os setores que estão otimistas com as exportações para o próximo semestre. Porém, o pessimismo é maior entre edição e impressão, calçados, borracha e máquinas e equipamentos.

A Sondagem Industrial revela também que a evolução do faturamento ainda não foi suficiente para reverter as expectativas quanto à contratação de empregados. A grande maioria dos setores industriais não prevê alteração no número de contratados para os próximos meses. A pesquisa coletou a opinião de 1.264 pequenas e médias empresas e 215 indústrias de grande porte, de 28 de março a 19 de abril.

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