Você pagaria mais por um produto só pela garantia de que ele foi produzido num processo que respeita o meio ambiente, os direitos humanos, trabalhistas e a comunidade local? Se a resposta é sim, saiba que você não está sozinho. Se é não, comece a repensar esta posição. O chamado "comércio justo certificado" é uma tendência na Europa e nos Estados Unidos, e em breve chegará ao mercado consumidor brasileiro. Mas quando você encontrar um produto certificado na prateleira do supermercado, abandone aquela idéia de filantropia, caridade ou "auxílio aos necessitados". O conceito de fair trade passa longe disso.

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Veronica Rubio, encarregada da Fairtrade Labelling Organization (FLO) no Brasil, explica que aderir ao comércio justo é valorizar um produto pela qualidade que ele tem, e pelo compromisso de seus produtores com aspectos sociais, ambientais e de direitos humanos. "O comércio justo já foi ajuda. A idéia hoje é que os produtores sejam respeitados pelo que eles são. O nosso desafio é dar condições, através do prêmio social e de apoio em marketing e comércio, para que o produtor consiga vender aquele produto por causa da qualidade que ele tem", destaca.

No Brasil, a FLO já certificou produtos como café, castanhas, frutas, chá, mel, açúcar, cacau e até vinho. Para ser classificado como um produto de "comércio justo", o primeiro requisito é ser oriundo de uma associação de pequenos produtores, muitas vezes sem mão de obra permanente, mas comprometida com a própria comunidade. O prêmio pago aos produtores, geralmente 10% acima do preço mínimo estabelecido para o produto, deve ser reinvestido na própria comunidade – seja em compra de equipamentos e em capacitação ou em escolas, estradas e atendimento médico. (FL)

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