O diretor-presidente dos grupos Renault e Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, deixará a direção operacional da companhia francesa. A decisão foi anunciada ontem, em Paris, e implica a divisão do poder no seio da maior montadora de veículos da França. O cargo será ocupado por Patrick Pélata, que passa a ser uma espécie de número 2 na hierarquia da empresa. A partir de agora, o Comitê Executivo do grupo, composto por sete membros, vai se reportar a Pélata.
Maior autoridade nas duas montadoras desde 2005, Carlos Ghosn era tido pela imprensa especializada como um "superexecutivo" em razão do poder que exercia nas companhias na Europa, no Japão e nos Estados Unidos, onde a Nissan realiza grande parte de seu lucro. Essa profusão de trabalho Ghosn passa em média 15 dias por mês na capital francesa teria sido, inclusive, uma das razões pelas quais o grupo francês teria se decidido pela nomeação de um "vice" em Paris.
A mudança tem um caráter histórico na empresa porque pela primeira vez o diretor-presidente, até aqui cercado de diretores-gerais adjuntos, terá um número 2 oficial. Cargo nobre, a direção peracional, responsável pelas fábricas e pelo setor de engenharia, terá o poder de decisão sobre as atividades européias da Renault.
"As decisões estratégicas, assim como as financeiras e de relações públicas, continuam responsabilidade direta de Carlos Ghosn", informou a companhia. A descentralização permitirá ao brasileiro se concentrar no plano estratégico da empresa, que previa, em 2006, a venda de 800 mil automóveis a mais por ano números ainda não alcançados, em parte em razão da crise mundial do setor.
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